quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Hoje!

Hoje eu acordei diferente, nem mais feia, ou mais bonita, nenhuma diferença física, apenas com uma louca vontade de sair pela rua e gritar aos quatro ventos, de ir para uma festa, dançar, curtir e beber, esquecendo da vida e sem ter que me preocupar com ela. Uma louca vontade de pular como se não houvesse o cair, de correr sem destino, porque esse mesmo deixou de ter importância. Uma vontade suprema de esquecer a mim mesma e viver as coisas mais simples, de ficar sem dormir por horas, e deixar a timidez de lado. De encontrar um novo amor, assim, como esbarrar com alguém na rua, um pouco prático e fácil, um novo amor sem nenhuma dessas características clichês e sim aquele que me dê trabalho, me faça chorar, e logo após me faça sorrir, para me mostrar o quanto a vida pode ser bela se a vemos com a cabeça erguida e um sorriso nos lábios. Hoje acima de tudo, me deu uma estranha vontade de tentar, sem a ânsia da vitoria, e sim o desejo da tentativa! Vontade de dançar, mesmo sem saber passo algum. A vontade de sair pela rua e conhecer todos os desconhecidos, de passar o dia com novas pessoas em novos ambientes, rindo descontroladamente por motivos tolos, e então voltar para casa como se nada tivesse acontecido, poder olhar meus pais e correr para abraçá-los com a certeza de que nunca estarei só, de chamar todos os meus amigos e amigas e fazer uma festa intima, com muita bebida e o som absurdamente alto, de encher a cara e falar besteiras, fazer a vida como um todo e aproveitar como se não existisse o tão conhecido ‘amanhã’, porque é o hoje que nos importa. E assim enfim, botar a cabeça no travesseiro e de tão cansada pegar no sono rápido, para que no outro dia eu acorde com essa mesma louca vontade, hoje eu acordei diferente, nem mais feia, ou mais bonita, nenhuma diferença física, apenas com uma louca vontade de ser mais eu, sem vergonha de nada disso!

Need you now

Mais uma dessas longas noites sem a sua presença, apenas com a saudade que agora me faz companhia, deito na cama, como resultado de um dia cansativo, mas imerso em um mar de pensamentos e boa parte deles me lembram você, me levam a sua ausência e ao modo como você faz falta na minha vida, ao modo como você deixou de ser uma prioridade, e passou a ser apenas uma única opção, na verdade, eu deixei de ser uma prioridade pra você, e passei muito tempo sendo um passatempo, mas agora acabou, não resta mais tempo pra reviver o passado, lamentar os erros cometidos ou as palavras proferidas, agora só nos resta tempo de seguir em frente, de erguer a cabeça. Me pego abraçada, abraçada com tudo aquilo que esta em minha volta, tentando fazer com que a sua ausência não fosse tão perceptível, ou que eu não me impostasse tanto com ela, mal sabendo eu que nada irá amenizar essa dor que habita em mim, ou suprir esse vazio que você fez questão de deixar... Sem ao menos, entender que, a única pessoa que poderia ocupar esse tão conhecido vazio, é você... Mas eu já desistir dessa hipótese. É inevitável dizer que irei te esperar, ate o dia em que você volte correndo para me abraçar, confessando ter se arrependido, e dizendo que me ama mais do que qualquer outra pessoa. Mas logo percebo que não posso me apegar a essa idéia, você se foi e no seu silêncio pude notar que a chance de qualquer outro recomeço, era fora de cogitações. Onde está você quando eu mais preciso? Será que você não vê que eu preciso de você agora? Você se foi e se vai cada vez mais, e a única coisa que ainda permanece aqui, ao meu lado em todas aquelas noites frias, para me aquecer, são as lembranças. Lembrança de como você conseguia me deixar sem palavras tão facilmente e como conseguia compreender todos os meus sorrisos e os meus olhares sem jeito, como éramos felizes juntos, e como imaginávamos ter sido feitos um para o outro. Perdão não conseguir de esquecer assim tão rápido, é só que levei algum tempo para me apegar a cada uma dessas idéias, e manias, que agora me desapegar chegar a ser algo tão difícil. Onde está você agora? Por não volta correndo? Prometo que estarei aqui, que te esperarei... Hoje, eu posso lhe juras todas essas e outras coisas que não pude jurar antes. Juro sim, se houver um garantia de volta, de que você voltará a ficar comigo, e que voltará a ser o meu tudo, o meu mundo, mas eu desisto, preciso me recompor, preciso me adaptar a esta idéia, e reafirmo diversas vezes a mim mesma que você se foi, e não voltará, necessito refazer essa maquiagem já borrada, e enxugar essas lágrimas que insistem em cair no momento em que penso em você, por sinal, sempre ao lembrar você sorrio pelo que vivemos, porém também choro pelo nosso tão trágico fim, mas já foi, e agora só me resta uma única pergunta... Será que você realmente não vê o quanto eu preciso de você agora?

Por que insiste em ser o veneno?


Meu coração sangrando, e você ai, parado, com seu jeito observador que surpreendentemente ainda me deixa louca, alucinada, esse seu jeito de quem sempre fica quieto analisando a situação como se não pudesse fazer nada. Mas você sabe, você pode, só você tem a cura pra esse coração que pulsa e pula descontroladamente quando você está perto, só você pode me salvar, mas você insiste em ficar parado frio e calculista, você insiste em querer ser o veneno, em querer ser aquilo que  me mata aos poucos. Sua ausência, a ausência do teu cheiro, teus beijos, teu sorriso, a ausência de você me deixa maluca e doente, mas você insiste em se manter distante. Éramos um só a um tempo atrás, você me alimentou com sua fonte de mentiras, suas ameaças vazias,dizendo que iria embora e vejo que se foi, e então agora é só você, porque o eu não existe mais, você se foi, mesmo que eu saiba que ainda sente algo por mim, não há nada que eu possa fazer, além de te observar. E você fica parado, com seu jeito observador que surpreendentemente ainda me deixa louca, alucinada, você pode, você tem que fazer algo, eu suplico pra que me resgate desse estado de dependência extrema, eu grito em silêncio, porque o som das minhas palavras já não saem, e você hoje em dia já é incapaz de entender esse meu silêncio desesperador. Mas você insiste em ficar parado frio e calculista, porque você sempre tem que ser assim? Vivo nas sombras, mas já me acostumei a enxergar no escuro, e a lâmina da tua ausência que me corta a cada dia já provocou uma anestesia em mim, tento correr, mas não quero ir, sei que é isso que me prende aqui, é a minha vontade de você, o que fazer? Sei que devo ir, embora eu não queira, me tira daqui?  Você pode ser a cura, porque insiste em ser o veneno?