sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O fim..

Mais um pouco daquele líquido ardente, em uma das mãos aquela garrafa de vidro que lhe fornecia coragem para seguir em frente com seus planos. Em outra das mãos um cigarro aceso. Tragou mais um cigarro, e aquela fumaça que antes seria tóxica para qualquer um, para ela agora não fazia mais efeito, havia tornado-se rotineiro e comum, aquela sensação de fogo por dentro, não trazia incomodo, e sim prazer. Era o final de toda trajetória mesmo, então a forma como o fim viesse era insignificante. Sentou-se no chão, gélido e branco, aquele banheiro a sua volta era comum, não lhe trazia lembranças tão marcantes, por esse mesmo motivo que o local foi escolhido, as lembranças que viriam, e as pessoas que surgiriam a sua memória a prenderia mais uma vez a essa vida, que de triste, deixou de ser bonita. Despedir-se das pessoas que tanto ama tiraria por completo a sua vontade do fim, destruiria seus planos e jogaria no lixo por completo a sua ânsia de acabar logo com isso. Ela era forte, porém não o bastante para continuar seguindo em frente. Acendeu seu último cigarro, e enquanto fumava, involuntariamente, lágrimas insistiam em cair, seus cabelos pretos já haviam perdido todo o brilho, e seus olhos castanhos repletos de lágrimas revelavam tristeza. Apagou o cigarro, e com a mão direita virou a garrafa, bebendo todo aquele líquido que descia queimando em seu interior. Pegou o revolver a sua frente, puxou o gatilho, e... O tão esperado e desejado fim, mal sabe ela que cometeu um grande erro, saiu da vida pra entrar na eternidade.

Nenhum comentário:

Postar um comentário