sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Efeito.





A vida às vezes é tão cruel... por que ela é assim? Em certo momento você está tão feliz, parece que o chão perdeu suas dimensões, a sensação é que toda a terra virou nuvem, você está no céu, a perfeição te abraçou de certa forma, que todas a as imperfeições não chamam a sua atenção. Mas ai vem a vida, e você cai. Você não desce pouco a pouco, cada tristeza por tristeza ou problema por problema. É como se você simplesmente perdesse sua nuvem, e caísse, assim, do ponto mais alto que se pode imaginar, não há arvores ou gramas que amorteçam sua queda, a mesma ocorrem em um chão duro, denso, feito cimento, chamado realidade. Essa sim, te abraça de um jeito, os problemas vem de vez, todas as imperfeições ganharam sua atenção. É “efeito dominó” um empurra o outro, e em questão de segundos, horas, minutos, dias, você se vê no chão, por completo. Só espera que o vento leve isso contigo, a cada brisa uma vontade de esquecer tudo, tentar de novo, subir de novo. O que aconteceu? Por que? O que tem comigo? O que eu fiz? Você se pergunta... Mas é a vida, o porquê de cada coisa, ninguém jamais entenderá, finais felizes? Existem? Ou é só questão de momento? O vento passa, e a cada lágrima, a cada fração de segundos, você olha ao seu redor, aquelas pessoas, seu mundinho individual, onde estão? É como se você estivesse em um deserto, você querer engolir cada lágrima, para não morrer, desidratar. Seu coração, feito uma bomba, sendo que já se explodiu a muito tempo, o sangue escorrendo por dentro, e você nem percebeu. Na verdade, o mesmo coração, esse mesmo sangue, estão intactos, pulsando, por pulsar, 1% de desistência, 99% de esperança, lutando por felicidade, por amor, por perfeição, não aquela perfeição dita impossível, mas aquela que completa, não aqueles momentos bons, sorridentes e rápidos, e sim aqueles que mesmo longe ou esteja onde estiver é possível se arrancar um sorriso. 

Se o final feliz é uma imperfeição dessas, perfeita para você, eu espero o meu, espere o seu também.

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